segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Caminhos Cruzados - Prólogo (parte 1) - 17/10/2010

Após ser sequestrada e abandonada num galpão totalmente sem iluminação, Kate estava completamente desorientada e com muito medo.

Kate - Alguém aí? Onde eu tô? Responde!

Andando no escuro sem saber onde estava, Kate tropeçou em alguma coisa...

Kate - Quem é você?

John - Quem sou eu? Eu é que pergunto! E o que eu estou fazendo neste lugar? E afinal, que lugar é esse?

Kate - Eu também não sei, acabaram de me jogar aqui!

Tem mais alguém aí?

E ao fundo veio uma voz, também perdida que só se lembrava de ter ficado inconsciente e depois ter acordado nesse lugar.

Matt - Caralho, peguei carona e me ferrei! Colocaram um negócio forte do meu nariz e me apagaram. Tô aqui agora com vocês.

John - Meu nome é John e eu sou policial! Estava em minha casa depois de um dia de trabalho conturbado, fui tomar meu banho e parece que tomei uma pancada na cabeça. Não me lembro de mais nada até você tropeçar em mim.

Kate - Eu tava saindo do treino e fui sequestrada.

Então  John se levantou e começou a tatear as paredes até encontrar uma porta de ferro fechada. Girando a maçaneta, o mesmo viu que a porta estava destrancada e que esta dava em um corredor escuro, porém melhor iluminado que o ambiente anterior.

John - Fiquem onde estão, vou verificar o local e já volto.

Indo em direção de uma porta logo a frente e depois seguindo ao fim do corredor, John foi surpreendido por um outro homem imundo, usando roupas em trapos. O homem estava desesperado e se referia a um tal de "Homem do Chicote" que o teria machucado. Os ombros desse homem, apresentavam ferimentos, como se tivesse sido açoitado. Ele segurou fortemente nos braços de John, dizendo:

Kaill - Cuidado, com o Homem do Chicote, ele tá vindo!

John - Calma, eu sou policial!

Kaill - Isso não vai adiantar! Cuidado!

John - Que lugar é esse? O que você faz aqui?

Kaill - Eu tava perdido na floresta, vim parar aqui e o "Homem do Chicote" me pegou!

O lugar tinha três cômodos grandes, dois inteiramente vazios e sem iluminação e um outro menor, uma dispensa de alimentos, com uma estante cheia de suprimentos, como sal, farinha e etc e uma mesa no centro, com cadeiras acopladas. O corredor terminava com uma porta de ligava ao galpão ao lado de fora.

O lado de fora do galpão revelou uma mata não muito densa, fechando o local e deixando passar apenas uma estreita estrada de terra, suficiente para apenas um veículo. O chão, também de terra apresentava marcas de pneus, o que indicava a presença recente de veículos no local. Assustados e ao mesmo tempo intrigados, o grupo resolveu seguir em direção à estrada, margeando a mesma pela mata, na intenção de não serem vistos.

Um pouco mais a frente, o grupo chegou em uma clareira onde havia um pequeno barraco. Todos se assustaram quando de dentro do barraco saiu um homem muito ferido, caído ao solo e se arrastando numa tentativa inútil de fugir. Os poucos metros que ele conseguiu se arrastar foram marcados no solo com seu sangue que jorrava de seu corpo. Não demorou muito até o grupo descobrir do que aquele homem estava fugindo tão ferido...

De dentro do pequeno barraco, saiu um outro homem, muito grande, certamente com mais de dois metros de altura. O homem era branco e careca, não tinha nenhum pelo na cabeça. Tinha fortes traços irlandeses. Era uma pilha de músculos envoltos de uma gordura que só deixava sua aparência mais repugnante e sinistra.

Kaill - É ele! Ele é o homem do chicote!

Aquele homem que mais parecia um monstro se abaixou próximo ao outro e começou a enforcá-lo com seu chicote. John imediatamente pegou uma pedra de tamanho considerável que estava próxima a ele e a atirou em uma moita na intenção de desviar a atenção do cara e talvez salvar o pobre coitado que não tinha mais forças sequer para agonizar de dor. Entretanto, o homem só olhou para o lugar de onde veio o barulho e voltou a enforcar o homem até sua morte, ignorando completamente o fato. Satisfeito, ele se levantou e voltou ao barraco.

Voltamos alguns metros e atravessamos a estrada de modo que aquele homem não pudesse nos ver. Seguimos adiante, ainda margeando a estrada. Mais alguns minutos de caminhada e nos deparamos com uma casa. Todas as suas luzes estavam apagadas. A vegetação irregular que crescia no quintal da frente, indicava que a casa não era habitada a tempos. Sua pintura envelhecida e seu mau estado de conservação, indicava que aquela era uma casa bem antiga. O silêncio total que se fazia ali, misturado com a leve brisa da noite e a lua que brilhava iluminando vagamente o ambiente, deram ao lugar um clima doce de terror que nos arrepiava o corpo todo a todo momento. Passamos em frente aquela casa, com toda a cautela possível, esperando não sermos notados. Ainda nas margens da estrada, um carro preto surgiu do lado oposto ao nosso, sendo dirigido em uma aceleração característica de quem não tinha noção alguma de direção.

A tentativa de nos esconder se frustrou quando o homem parou o veículo, deixando o mesmo morrer. Imediatamente, ele saiu armado do carro e efetuou um disparo pro alto. Esse era o alerta pra fugirmos. Entre voltar ao "Homem do Chicote" e bater de frente com o outro armado, Kaill estranhamente escolheu a primeira opção. O restante do grupo fez o que era mais óbvio e fugir mata a dentro.

Mais um tiro e todos seguiram em direção à mata que se fechada a medida em que corríamos.

Kate se fez valer de todo o seu treinamento e correu mais que os outros, conseguindo se esconder. Matt estava logo atrás dela, mas mesmo assim não conseguia acompanhar seu ritmo. Mais um tiro e John se desesperou. Ele estava em último e a idéia de ser pego o fez correr ainda mais, momento em que caiu, lesionando seu calcanhar. Caído e tem defesa, John pegou um galho de árvore que encontrou ao solo e se escondeu. Mais um tiro sem destino e o cara se aproximou de John. Por sorte ele se aproximou tanto a ponto de John escutar o "click" da arma sem cartucho. Então ele saiu da moita onde estava e veio furtivamente em direção às costas do atirador. Um galho seco no chão revelou sua posição, mas não a tempo de oferecer chance de reação ao homem que com duas "pauladas" na cabeça foi ao chão.

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