segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Introdução à Crônica Caminhos Cruzados - John

E o telefone da emergência toca no fim do dia, quase na minha hora de ir embora...

"O quê? Uma mulher caída na estrada? Aparentemente morta? Sim, me passe o endereço que eu estou a caminho!"

Mesmo achando que te tratava de um trote, como tantos outros que eu recebo, não posso ignorar uma informação dessas.

O lugar fica na zona rural, em uma das várias saídas da cidade. Bem próximo ao bairro de TERRYTOWN, onde eu moro e trabalho.

"Mas que carro é esse? Será que me ele é de quem me chamou?"

Me posicionei atrás do carro preto, com minha Glock em punho e disse:

"Tem alguém no carro? Se tiver alguém aí saia imediatamente!"

Tentei olhar através dos vidros, mas o insufilm não me permitir ver nada. Então decidi dar a volta e olhar o carro pela frente, constatando que o mesmo estava vazio.

Voltei à viatura e segui mais a frente, em direção ao local onde o corpo supostamente estaria. Chegando no local, que era um entroncamento da estrada vicinal, onde a mesma se dividia em duas e não encontrando nada, resolvi olhar melhor nos arredores. Deixei os faróis da viatura acesos, peguei a lanterna e segui pelo caminho da esquerda, através do qual era impossível segui de carro.

Este caminho terminava em uma estrada em linha reta. Ao atingir essa estrada, fui surpreendido por um motoqueiro que vinha em alta velocidade em minha direção, me dando como única alternativa, me jogar em direção ao barranco que margeava a estrada. Com a queda, eu sofri uns ferimentos leves no ombro esquerdo, mas nada grave. Enquanto eu me preparava para levantar, percebi que a moto estava virando e preparando para investir novamente contra mim. Então, resguardado pelo princípio da legítima defesa, eu desferi um disparo contra o condutor da motocicleta, disparo esse que acertou o braço do mesmo e o fez se desequilibrar, com um segundo disparo acertando na área de seu tronco, ele foi ao chão juntamente com o veículo. De imediato foi feito contato com a ambulância local, para dar socorro ao indivíduo que se encontrava armado e teve sua arma apreendida por mim.

Após a ambulância deixar o local, eu permaneci por mais alguns minutos na esperança de encontrar pistas ou quaisquer outros indícios que me levassem a algum lugar em relação ao fato ocorrido, porém, sem êxito, voltei à delegacia para finalizar o registro e passei no hospital, onde após conversar com a enfermeira, esta franqueou minha entrada no quarto onde o indivíduo ainda não identificado estava. Chegando lá eu pude perceber que ele estava meio dopado, mas mesmo assim, pra não perder a viagem eu tentei fazer com que ele me contasse algo a respeito do ocorrido.

"Quem mandou você atrás de mim?
Ninguém!"

Tentando ser mais persuasivo eu o peguei pelo colarinho e refiz a pergunta, novamente obtendo a mesma resposta. Informado pela enfermeira que o mesmo não corria perigo e que ele seria liberado e conduzido à delegacia na manhã seguinte, eu fui pra casa descansar desse dia tumultuado. Guardei o carro na garagem, chequei a secretária eletrônica, que não havia recados e fui tomar um banho. Ao sair do banho, percebi uma movimentação atrás de mim, porém, antes de me virar fui atingido diretamente na cabeça...

“Alguém aí? Onde eu tô? Responde! Ai!”

Após ouvir uma voz gritando de longe e depois se aproximando, eu fui meio que chutado ou tropeçado por uma mulher que parecia estar tão perdida quanto eu e chegou me perguntando:

"Quem é você?

De imediato eu respondi:

Quem sou eu? Eu é que pergunto! E o que eu estou fazendo neste lugar? E afinal, que lugar é esse?

3 comentários:

  1. kkkkkkkkk

    pdc véio... Nem tinha pensado nisso...
    kkkkkkk

    Todos sequestrados, depois presos no escuro em um lugar que não conheciam e sem se conhecerem tbm...

    kkkkkkkkkkkk

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  2. Pior q ta parecendo mesmo e eu tmbm nem tinha pensando nisso XD

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